quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Castelo de Areia

Ela ainda sentia arder aonde aquela criatura lhe tocara. A água branca que esbarrara nela deixara sua marca e por um momento ela quis fugir de tudo aquilo. Ela quis fugira da areia sob seus pés e do sol sobre seus cabelos, do mar e do céu que se fundiam no horizonte como um todo azul.
Ela quis criar uma fortaleza com as pedras dos rochedos íngrimes ao seu lado para evitar todo tipo de criatura indesejada, todo tipo de sonho ruim, toda realidade assombrosa...
Então ela respirou novamente, fechou os olhos e viu como era solitário e cansativo uma realidade tão pura, pois onde não há escuridão não se ve a luz.
Sentiu a brisa humida emaranhar seus cabelos, relaxou todos os membros e saiu correndo atravessando a faixa infinata de areia pela beira da água salgada.
Aquela realidade não era tão imperfeita assim...

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